Esta quarta-feira (20) tem caráter decisivo para o Athletico. Com uma proposta em mãos e duas conversas com dirigentes, o técnico espanhol Domènec Torrent deve dar hoje uma resposta ao presidente Mário Celso Petraglia. “Plano A” do Furacão desde o início da movimentação do mercado da bola, o ex-auxiliar de Pep Guardiola no Manchester City agradou nas reuniões, e a expectativa é que feche contrato de um ano com o Rubro-Negro.
Apesar do interesse antigo e confessado por Cuca, o treinador – e torcedor do Athletico – não volta a trabalhar enquanto estiver buscando a revisão da condenação que teve na Suíça por ato sexual e coação, no final dos anos 1980. Assim, o Furacão tocou a vida, focando desde o início das buscas em um nome estrangeiro. Apesar de alguns técnicos portugueses terem sido especulados e até sondados, Domènec Torrent foi considerado o favorito.
Ele teve pelo menos duas reuniões com dirigentes do Athletico. A primeira foi com o ex-CEO do futebol Alexandre Mattos e o diretor financeiro Márcio Lara. Após a boa impressão de Domènec – e a saída de Mattos para o Vasco -, Mário Celso Petraglia entrou na jogada. O presidente conversou com o treinador na semana passada, e também gostou do que ouviu. Foi explicado que o plano inicial seria de um contrato de um ano, até pela possibilidade da transformação em SAF ainda em 2024. E foi feita uma proposta.
A expectativa de Petraglia, por ora o único responsável pelo mercado da bola do Athletico, era que Domènec Torrent respondesse a proposta rubro-negra até a terça-feira (19). O dia foi de anúncios, mas de reforços para o elenco, os paraguaios Mateo Gamarra e Romeo Benítez. Sobre treinador, nada. Precisando acelerar o processo de montagem do Furacão para o ano do centenário, o presidente ainda aguarda pelo espanhol. Mas, conhecendo-se o temperamento do mandatário, um atraso pode significar o fim abrupto das negociações.
Aos 61 anos, Domènec Torrent tem quatro experiências como treinador principal. Na temporada 2005/06, comandou o Girona, à época ainda não ligado ao Grupo City. Depois de trabalhar 12 anos como auxiliar de Guardiola (no Barcelona, no Bayern de Munique e no Manchester City), o espanhol comandou o New York City, o Flamengo e o Galatasaray, sem resultados expressivos. O técnico tem o aval de Fernandinho, com quem trabalhou na Inglaterra.