Cerca de seis torcedores do Athletico invadiram a área interna da Ligga Arena, em Curitiba, e discutiram com dirigentes após o empate por 1 a 1 contra o Corinthians. Marcio Lara, diretor financeiro do Furacão, foi o que mais atuou para apaziguar os ânimos.
“Esse tipo de coisa a gente não vai permitir. Deixa que a gente resolve. Vocês resolvem lá”
disse Lara para um dos líderes do grupo de torcedores.
O tropeço foi o terceiro empate consecutivo em que o Rubro-Negro perdeu a vitória nos acréscimos. Contra o Flamengo e Botafogo, nesta última semana, o Athletico sofreu gol em cobranças de escanteio no último minuto dos duelos.
A invasão aconteceu durante a entrevista do técnico Cuca após o jogo. O comandante rubro-negro se mostrou irritado com as cobranças e alfinetou o comportamento dos torcedores, que xingaram ao fim da partida.
“Não pode, porque tomou três gols em cima da hora, ser vergonha. Podem ser 1.500 coisas, mas não é vergonha. Você está vendo seu time jogando bola, com raça, brio. Torcedor do Athletico que me desculpe. Quer ficar mais bravo comigo, me xingar mais? Pode xingar. Mas não é vergonha, não. Jogou bem e foi penalizado mais uma vez com uma fatalidade final, que é coisa do futebol”, disparou o treinador.
Em outro momento, o treinador ainda citou uma das mudanças ao longo da partida. A entrada de Julimar foi criticada por parte dos torcedores, mas Cuca apontou que Cuello estava desgastado e a marcação precisava ser reforçada no setor.
“Pus o Julimar no lado esquerdo, no lugar do Cuello, que já estava cansado. O Matheuzinho [lateral do Corinthians] estava apoiando, então você defende. É uma coisa tão fácil de ser analisada. Essas coisas vão passando para o torcedor e o torcedor chama o treinador de burro. Mas não tem nada de burra, é uma coisa óbvia, uma coisa clara, que eu treino”, completou.
Com pressão, o Athletico se prepara agora para enfrentar o Cruzeiro. O duelo, pela 12ª rodada do Brasileirão 2024, está marcado para a próxima quarta-feira (26), às 19h, no Mineirão, em Belo Horizonte.