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O Athletico Paranaense tem demonstrado duas abordagens táticas distintas nos últimos jogos sob a liderança do técnico Barbieri. Em algumas partidas, a equipe se apresenta com uma postura mais ofensiva, priorizando a posse de bola e exercendo pressão alta. Em outras ocasiões, adota um jogo mais direto, explorando transições rápidas e ligação direta ao ataque. Essa variação pode ser um trunfo para competições longas e equilibradas como a Série B.
Adaptação conforme o adversário
Nas vitórias sobre Paraná, Rio Branco, Azuriz, Operário e Cianorte, o Furacão dominou com alto volume de jogo, mantendo a posse e criando muitas oportunidades. Entretanto, nos confrontos com Andraus e Independente São Joseense, a equipe apostou em um estilo mais pragmático, utilizando lançamentos longos e definindo jogadas rapidamente.
Essa capacidade de alternar estratégias conforme o adversário pode ser determinante para uma competição com tantas variáveis. No último jogo, por exemplo, o Athletico venceu por 3 a 1 explorando bolas esticadas, sem exercer tanta pressão no campo de ataque.
O impacto da ausência de Di Yorio
A saída de Lucas Di Yorio trouxe um desafio tático para Barbieri. Sem o atacante, a equipe perdeu força na pressão alta, e o time precisou se adaptar. Atualmente, Kardec ainda busca sua melhor forma, Babi está lesionado e Mastriani se recupera de cirurgia no joelho.
Diante desse cenário, o treinador optou por um bloco mais baixo no esquema 4-4-2, permitindo que o Independente São Joseense trocasse passes, o que gerou certa insatisfação da torcida. Quando o Athletico tentou subir as linhas, Kardec ficava mais resguardado, economizando energia para momentos chave da partida.
Pressionar o Athletico não tem sido eficaz
Os adversários também perceberam que pressionar a saída de bola do Furacão nem sempre traz resultados positivos. Andraus e Independente São Joseense optaram por cortar as linhas de passe para Raul, volante fundamental na transição entre defesa e ataque. Com isso, o Athletico recorreu às ligações diretas, conseguindo marcar gols de maneira eficaz nos dois confrontos.
Apesar de essa ser uma alternativa bem treinada por Barbieri, depender excessivamente do jogo direto pode ser arriscado, especialmente contra equipes que sabem se defender bem. Ainda assim, quando precisou furar defesas fechadas, o Furacão demonstrou capacidade de construção, como na goleada sobre o Rio Branco e na virada contra o Paraná.
Barbieri valoriza a versatilidade do time
Em coletiva de imprensa, Barbieri ressaltou a importância de ter um time capaz de se adaptar a diferentes situações dentro de campo. O treinador destacou que tanto o jogo posicional, baseado na posse de bola, quanto as transições rápidas são estratégias válidas e precisam ser bem executadas.
“É essencial termos múltiplas opções. Uma equipe que sabe construir jogadas de maneira posicional é forte, mas também precisamos de eficiência nas transições. Ter ambos os elementos nos torna mais perigosos”, afirmou o treinador.
