“Quer ele preso”; Advogada de jovem que denunciou Daniel Alves faz novas revelações sobre o caso

Daniel Alves na Selecao 1

Daniel Alves segue em prisão preventiva após ser acusado de um suposto estupro. Na última sexta-feira (20), a juíza substituta da 15ª Vara de Barcelona, Anna Marín, foi a responsável pela ordem de prisão sem fiança contra o lateral-direito da seleção Brasileira. Em entrevista exclusiva ao Uol Esportes, Ester Garcia López, advogada da jovem de 23 anos que denunciou Daniel Alves explicou que a prisão do jogador foi decretada por três motivos.

“O primeiro deles é a existência de indícios, não estamos falando de provas porque é uma fase muito inicial do procedimento – que permitiriam atribuir um suposto delito de agressão sexual, com pena de até 12 anos de prisão. (…)O segundo motivo foi o risco de fuga. Ele é uma pessoa com capacidade financeira grande, que não residia na Espanha e que tem dupla nacionalidade. Haveria muita dificuldade de extradição para a Espanha caso ele pisasse em território brasileiro. O terceiro motivo foi proteger os bens pessoais da nossa cliente. Preservar a sua identidade e que não houvesse uma obstrução à Justiça.”, explicou a advogada.

Ester Garcia López ainda reforçou ao UOL que a sua cliente não tem interesse em receber indenização. E contou que a juíza insistiu que era um direito, mas que a jovem teria rejeitado. “Eu lembro do olhar dela. Ela me olhou e disse: “Ester, eu tenho a sorte de ter boas condições de vida, e não quero indenização, quero prisão”. Ela foi muito taxativa nisso, e isso me impactou. Eu disse “eu sei, mas você tem direito a indenização, porque houve lesões físicas, e vai haver sequelas, danos morais”. E ela insistiu, disse: “Não quero dinheiro”. A frase dela foi: “Se tiver dinheiro de indenização envolvido, eu não vou contratar você”, disse ao UOL.

https://twitter.com/futebol_info/status/1618613828035674112?s=20&t=yqUj-DZ-00Csg0uTPeh-mw

A advogada afirmou que a jovem não consegue dormir e está abalada psicologicamente. “O Hospital Clínic prescreveu todo um tratamento dirigido a evitar qualquer tipo de doença infectocontagiosa, porque não foi utilizado nenhum preservativo. Ela também tem um tratamento farmacológico com ansiolíticos para poder dormir, mas me disse que não consegue dormir desde o depoimento. (…) O medo dela é ser identificada em algum momento. Isso ela quer evitar a todo custo.”.

Inscrever-se
Notify of
guest

0 Comentários
Mais Antigas
Recentes Mais Votada
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários