Os desafios que Cuca vai enfrentar no comando do Athletico

Cuca em treinamento no Athletico Paranaense em 2024 apos assumir como tecnico scaled

A era Cuca no Athletico começou na última terça-feira, no CT do Caju. O treinador foi a campo e comandou a primeira atividade com o grupo de jogadores. Antes da estreia, marcada para domingo, contra o Londrina, pelas quartas de final, o treinador terá cinco dias de preparação. Para além do desafio de vencer o rival e avançar de fase, Cuca tem desafios de curto e médio prazo no comando da equipe.

O primeiro deles é resgatar a harmonia e a tranquilidade no dia a dia. Com Osorio, boa parte do elenco demonstrava insatisfação com o estilo de trabalho e comunicação do colombiano.

Na entrevista de apresentação, Cuca falou em construir um bom ambiente interno, de respeito e cooperação entre comissão técnica, jogadores e funcionários.

“Vou criar um ambiente. A gente tem que ter uma família. Os clubes que ganham são famílias fechadíssimas, e temos que ser assim para ter um bom ano”

disse Cuca.

Marcada por testes, mudanças constantes e oscilações, o período Osorio também deixou pontos positivos e alternativas para a sequência da temporada. Nomes como Gamarra, Felipinho, Jader, Benítez e Julimar surpreenderam positivamente e elevam o nível do elenco.

Coletivamente, porém, o Athletico não consolidou uma identidade de jogo. O time era forte para defender? Tinha repertório ofensivo destacável? Boa bola parada? Era eficiente nos contra-ataques? Em pouco mais de 50 dias, não foi possível observar uma característica marcante do trabalho do colombiano.

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Entre tantos desafios, Cuca precisa encontrar uma identidade para o Athletico. Ao longo dos anos, o treinador se caracterizou pela capacidade de adaptação. No início da carreira, times com vocação ofensiva; em 2013, no Atlético-MG, uma equipe mais física, com ótima bola parada e que buscava ataques rápidos e diretos, diferente do Galo de 2021, mais paciente, com maior capacidade de controlar o jogo através da posse e de muita movimentação no ataque, com liberdade para Hulk e Vargas.

Outro ponto marcante dos trabalhos recentes do treinador foi o protagonismo e liberdade ofensiva para os laterais, como Marcos Rocha e Arana no Atlético-MG, em 2013 e 2021, respectivamente, e Felipe Jonatan, em 2020, no Santos.

No Athletico, natural pensar em Léo Godoy como arma pelo lado direito, apelidado de Relâmpago, Flecha, ‘GOdoy’ após passagem de destaque no futebol argentino.

Cuca também deve ampliar o olhar para nomes pouco utilizados por Osorio e jovens formados no CT do Caju, como Walace, Luan Patrick, Marcão e Léo Derik, por exemplo.

Se avançar de fase no domingo e seguir adiante para a decisão do Paranaense, o Athletico deve ter cerca de seis partidas em 40 dias até a abertura do Campeonato Brasileiro, incluindo a estreia na fase de grupos da Sul-Americana, marcada para o início de abril.

O calendário acessível é um dos trunfos de Cuca para montar time competitivo, mas os desafios vão além do campo.

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